Esse blog foi criado para divulgar a cultura aeronáutica em geral, mas em especial do Brasil. Cliquem nas fotos para vê-las em melhor resolução, e não deixem de comentar e dar sugestões para o blog. Agradecemos a todos pela expressiva marca de QUATRO MILHÕES E QUATROCENTOS MIL PÁGINAS VISTAS alcançada em MAIO de 2024. Isso nos incentiva a buscar cada vez mais informações para os nossos leitores.
Google Website Translator
sexta-feira, 22 de maio de 2009
O fim dos Super Constellation da VARIG
A era inesquecível dos Constellation durou pouco. Esses aviões começaram a operar em um momento de transição: Os aviões a pistão chegaram ao limite máximo do desenvolvimento, enquanto os novos jatos entravam rapidamente em cena.
A transição para a era do jato foi mais brusca do que parece hoje. O último Super Constellation comprado pela Varig da Lockheed, o PP-VDF foi entregue em fevereiro de 1958. Em 1959, a Varig já recebia o primeiro Caravelle, e, em 1960, os primeiros Boeing 707.
A diferença entre voar de Constellation e de jato era brutal: Os Connie levavam de 24 a 25 horas para ir à Nova York. Um Boeing 707 levava pouco mais de 9 horas.
Com os 2 Boeing 707 iniciais (PP-VJA e PP-VJB), os Constellation foram rapidamente retirados da rota de Nova York. Entre o luxo e a rapidez, os passageiros optaram pela rapidez. A Varig ainda oferecia um serviço de bordo excepcional, mas o conforto dos Boeing 707 nem chegava perto do conforto dos Super G.
Se não fossem os problemáticos motores, os Super G da Varig poderiam ter tido uma sobrevida maior, pelo menos até a chegada dos Boeing 727 e 737, no início dos anos 70. Os últimos quadrimotores a pistão usados pela Varig, os Douglas DC-6B, só recentemente, já na década de 90, foram desmontados no Paraguai.
Lá por 1964/65, os Super H, que vieram da Real, ainda voavam como cargueiros regularmente, mas os Super G já estavam praticamente inoperantes. A Varig colocou todos os Constellation à venda. Conseguiu compradores para todos os H, todos convertidos em cargueiros, e para apenas um G, o PP-VDF. Os demais foram picados a machado, em 1967, em CGH e em POA.
O PP-VDF foi vendido para a Trans Africa, da Rodésia (hoje Zimbabwe) e matriculado VP-WAW. Teve uma carreira bastante movimentada na África, fazendo voos entre Salisbury (hoje, Harare) e Windhoek, na Namíbia. Participou da Guerra Civil de Biafra, fazendo voos fretados. Retirado de serviço, foi transformado em uma boate, perto do Aeroporto de Harare (foto abaixo), e foi desmontado provavelmente entre o final da década de 80 e o início da de 90.
O que resta hoje dos Super Connies da Varig: apenas um motor e um tip tank. Não sei o que fizeram com o simulador do avião, o primeiro grande simulador operado pela Varig.
A primeira foto é do Constellation L1049H PP-YSC, ex-REAL, em maio de 1962, em Miami, já convertido em cargueiro. (foto: Mel Lawrence - Airlines.net)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Na minha opinião o Constellation é o avião mais bonito produzido até hoje.
ResponderExcluirFreitas
é.....teve a guerra das letras.... super g ,super h ,super i.....kkkkk
ResponderExcluirzeroberto
como ficaram os convair 340 e 440 que vieram da real?
ResponderExcluiraté onde sei,
PP-AQA,B,C,D,E (PERDA TOTAL EM MONTEVIDÉO,1957, MORREU O Rádio Galasso) F ERAM ORIGINAIS DA NACIONAL, MAS NÃO TEM FOTO DELES COM ESSAS CORES.ERAM TODOS 440 SEM RADOME.
PP-YRY,J,K,L ERAM DA REAL MESMO, TEM UMA FOTO RARA DO LIMA NO SDU.
A GRANDE DÚVIDA ESTÁ NOS 340 PP-YRA, B (ESTE CAIU PROXIMO A PAQUETÁ EM 1960, CMT.BELLOC)C,D,E,F
ZR
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Lockheed_L-1249_Super_Constellation
ResponderExcluirChegaram a ser produzidos 5 Super Constellation turboprop.
2 para a US Navy, 2 para a USAF, todos com motores P&W T34.
1 usado pela Lockheed para testes do motor do Electra L188A, em princípio configurado com um motor T56 / Allison 501 e 3 R3350, depois com os 4 turboprop com as naceles praticamente idênticas às do Electra.
Curiosa a foto do Super H PP-YSC caracterizado como mais um "Super Intercontinental" VARIG.
ResponderExcluir