No meio aeronáutico, circulam muitos mitos que, de tanto serem repetidos, são encarados como verdade absoluta. Mas a grande maioria não se sustenta:
Mito: Aeronaves Aero Boero tem a cauda pesada e, por consequência, possuem tendência de entrar em parafuso chato.
Fato: Os Aero Boero não possuem nenhuma tendência a entrar em parafuso chato. Quando isso ocorre, a recuperação é fácil e rápida, através da simples aplicação do pedal do lado contrário ao sentido de rotação. Deve-se apenas tomar cuidado com a velocidade depois disso, para não ultrapassar a VNE, e recuperar a atitude lenta e progressivamente. O mito da cauda pesada se deve, provavelmente, à posição do CG, muito atrás do trem de pouso, o que traz dificuldade para se levantar a cauda da aeronave manualmente no solo, mas nada relacionado com o comportamento da aeronave em voo.
Mito: Bimotores são mais seguros que os monomotores.
Fato: estatisticamente, os bimotores são mais perigosos que os monomotores em caso de falha de motor. Isso se deve ao fato de que falhas de motor tem maior possibilidade de acontecer em bimotores (o dobro), aliado ao fato de que não é fácil manter um bimotor voando com apenas um motor funcionando, isso exige bastante perícia do piloto. Os fabricantes, por isso, têm preferido apostar nos monomotores turbo-hélice em substituição ao bimotores a pistão.
Mito: aeronaves leves possuem planeio muito melhor que aeronaves maiores.
Fato: isso é completamente infundado: aeronaves comerciais a jato possuem muito menos arrasto, e possuem razão de planeio (distância percorrida em relação à perda de altitude) muito melhor que as aeronaves leves à hélice. Só para comparar, um Boeing 747 consegue voar 17 metros para frente a cada metro que desce, enquanto um ultra-leve básico só voa 8 metros para cada metro que desce.
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