A aviação comercial internacional, durante a década de 1930, foi fortemente marcada pelos grandes dirigíveis alemães Zeppelin. Numa era na qual os aviões não tinham autonomia suficiente para cruzar os oceanos, os Zeppelins eram, praticamente, a única opção para se viajar da Europa para as Américas por via aérea.
O Graf Zeppelin pousado no Campo dos Afonsos |
As principais rotas dos Zeppelins ligaram a Alemanha aos Estados Unidos e ao Brasil. Os alemães sempre privilegiaram o Brasil, ao implantar suas linhas aéreas comerciais, e os Zeppelins foram assíduos frequentadores dos céus brasileiros por sete anos, entre 1930 e 1937.
O Graf Zeppelin |
O primeiro dirigível Zeppelin chegou ao Brasil no final da tarde de 22 de maio de 1930. Já estava escuro, às 18 horas e 35 minutos, quando a grande aeronave pousou no campo de Jiquiá, em Recife, que tornou-se, assim, o primeiro aeródromo para dirigíveis do Brasil. O prefeito conseguiu alguns holofotes, e a fuselagem prateada do Graf Zeppelin, matriculado D-LZ127, brilhava na noite e encantava o público presente. Tinha decolado de Friedrichshafen, às margens do Lago Constança (em alemão: Bodensee), às 17 horas de 18 de maio.
O Graf Zeppelin em Jiquiá, Recife |
De fato, o Graf Zeppelin impressionava pelo tamanho: tinha 236,6 metros de comprimento e 30 metros de altura, maior do que muitos navios transatlânticos e muito maior do que qualquer aeronave atual, já que, em comparação, um Boeing 747-400 tem apenas 76,3 metros de comprimento.
O gigantesco Graf Zeppelin, na Alemanha |
Uma torre metálica foi construída em Jiquiá para permitir a atracação do dirigível. O Governador de Pernambuco, Estácio Coimbra, estabeleceu um extenso decreto para "disciplinar" a população de Recife durante a visita do dirigível, e o prefeito da cidade decretou feriado municipal.
Mais de 15 mil pessoas estavam presentes a Jiquiá na chegada do Graf Zepellin na tarde daquela quinta-feira. Praticamente todos os carros da cidade estavam lá, cerca de 2 mil, e fizeram um "buzinaço" durante o procedimento de atracação. O prefeito cobrou ingresso da população para acessar o local, e mais de mil policiais foram destacados para garantir a segurança de todos.
A cabine de comando do Graf Zeppelin |
Essa primeira viagem era experimental. Tinha como missão principal avaliar o tempo de voo e os ventos no trajeto da Alemanha até o Recife e o Rio de Janeiro, para o estabelecimento de uma linha comercial regular.
Ponte de comando, o "cockpit" do Graf Zeppelin |
O primeiro passageiro brasileiro a viajar no Graf Zeppelin, o engenheiro Vicente Licínio Cardoso, veio da Alemanha nesse voo inaugural.
Sala de rádio |
Ao decolar de Recife, em 24 de maio,a aeronave tomou o rumo do Rio de Janeiro, onde pousou no Campo dos Afonsos, no dia 26.
O Graf Zeppelin sobrevoando a Ponta do Calabouço, onde hoje está o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. |
Assim como aconteceu no Recife, a chegada do Graf Zeppelin ao Rio de Janeiro causou uma profunda impressão na população. A frase mais ouvida nas ruas da cidade, naquele dia, foi: "Olha, é o Zeppelin!"
O Graf Zeppelin, no retorno dessa viagem experimental, voltou para a Europa via Estados Unidos. Foi uma das cinco únicas vezes que esse dirigível esteve nos Estados Unidos.
O Graf Zeppelin sobrevoando a enseada do Botafogo |
Em 1931, o Graf Zeppelin veio ao Brasil três vezes, e mais nove vezes em 1932.
Timetable dos voos dos Graf Zeppelin, 1934 |
A linha regular foi estabelecida somente dois anos depois. Inicialmente, o Graf Zeppelin vinha somente até o Recife, e de lá retornava para a Alemanha, em Friedrichshafen, e posteriormente, Frankfurt-Main. Os passageiros com destino ao Rio de Janeiro faziam uma conexão com as aeronaves do Sindicato Condor, que completava a viagem com seus hidroaviões.
O Graf Zeppelin sobrevoando o lago Constança, praticamente ao nível da água. |
Posteriormente, o Graf Zeppelin passou a voar regularmente para o Rio de Janeiro, e depois a Luftschiffbau Zeppelin passou a operar voos também para Buenos Aires, a partir de meados de 1934.
Sala dos mapas |
É interessante notar que o Graf Zeppelin tinha autorização para fazer voos domésticos entre o Rio de Janeiro e Recife, e até mesmo o Presidente Getúlio Vargas fez tal viagem.
Quando começaram os voos para Buenos Aires, em 1934, o Graf Zeppelin passou a sobrevoar outras cidades brasileiras, além de Olinda, Recife, Rio de Janeiro e outras poucas outras cidades no Nordeste.
O Graf Zeppelin sobrevoando o Bairro Água Verde, em Curitiba, 1934 |
De fato, em 1934, o Graf Zeppelin sobrevoou, entre outras cidades, Santos, São Paulo, Curitiba, Joinville, Porto Alegre e Pelotas, ao longo da sua rota até Buenos Aires. Não chegou a pousar em nenhuma dessas cidades, que não possuiam nenhuma infraestrutura para atracação da grande aeronave.
Notícia de jornal anunciando o voo para Buenos Aires |
Em Porto Alegre, por exemplo, o Graf Zeppelin passou uma única vez, no dia 29 de junho de 1934, ao fazer um leve desvio da rota, atendendo um pedido das autoridades gaúchas e da Sociedade Austríaca de Beneficência. e depois seguiu seu caminho, sobrevoando a Lagoa dos Patos, a baixa altura.
O sobrevoo de Porto Alegre, junho de 1934 |
Em Buenos Aires, o dirigível atracava no Campo de Mayo.
Sobrevoo de Joinville/SC |
Para atender os dirigíveis alemães no Rio de Janeiro, a Luftschiffbau Zeppelin recebeu um terreno de 80 mil metros quadrados, no subúrbio de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, doados pelo Ministério da Agricultura, próximo á Baía de Sepetiba. Lá foi contruído um aeroporto para dirigíveis, ao qual foi dado o nome de Bartolomeu de Gusmão, em homenagem ao pioneiro balonista brasileiro.
O Graf Zeppelin sobrevoando o vale do Anhangabaú, em São Paulo, 1933 |
O gigantesco hangar, ainda existente, tem 274 metros de comprimento, 58 metros de altura e 58 metros de largura, e é orientado no sentido norte-sul. os dirígíveis entravam pela porta sul, rebocados pela torre, que era móvel e se deslocava sobre trilhos.
Hangar de Santa Cruz, na atualidade |
Um ramal de estrada de ferro chegava até o aeroporto, para conduzir os passageiros de e para o centro do Rio de Janeiro, um trecho de aproximadamente 35 Km até a Estação Dom Pedro II, atual Central do Brasil.
Em todos os sete anos de operação dos dirigíveis no Brasil, houve apenas um incidente, e nenhum acidente. O incidente ocorreu quando um dos homens que seguravam as cordas de amarração, no solo, não ouviu a ordem de "soltar a corda" e ficou pendurado, a grande altura do solo, até que a aeronave voltasse ao solo, alertada pelo pessoal em terra. Durante a descida, o homem bateu as pernas no telhado de uma construção, quebrando algumas telhas e machucando a perna, sem gravidade.
Viajar no Zeppelin era um luxo permitido para poucas pessoas. A passagem para a Alemanha era muito cara, algo equivalente a 10 mil Euros atuais (2011). O trecho doméstico entre o Rio e Recife também era caro, e poucos lugares eram disponíveis.
Planta da gôndola do Graf Zeppelim |
O Graf Zeppelin oferecia grande conforto. Apenas 35 lugares eram disponíveis, e normalmente a lotação não ultrapassava 20 passageiros.
Os passageiros dispunham de cabines duplas, com beliches, sala de estar e de jantar, e até um salão para fumar, cuidadosamente isolado para não incendiar o perigoso e inflamával gás de sustentação da aeronave, o hidrogênio.
Porcelana do Graf Zeppelin, de 1928 |
Exceto no salão de fumar, era proibido o uso de cigarros, charutos e cachimbos em qualquer lugar do dirigível.
Sala de estar e jantar do Graf Zeppelin |
Os passageiros eram revistados no embarque, e o porte de isqueiros e fósforos era rigorosamente proibido. Os isqueiros do salão de fumar eram presos às mesas por correntes.
Corredor das cabines |
O serviço de bordo era comparável ao da primeira classe dos melhores navios de passageiros. A aeronave era bastante estável, devido ao seu tamanho.
Cozinha do Graf Zeppelin |
Uma cozinha, cujos equipamentos operavam eletricamente, funcionava quase ininterruptamente, para fornecer a sofisticada alimentação disponível aos passageiros e tripulantes.
Sala de estar e jantar do Graf Zeppelin |
A altitude de cruzeiro era de 3 mil pés, mas, quando a aeronave sobrevoava cidades ou a linha litorânea, era comum voar bem mais baixo, entre 300 e 1000 pés, para que os passageiros pudessem apreciar a paisagem.
Cabine em configuração diurna |
CAbine em configuração noturna |
A viagem entre o Rio e a Alemanha durava 5 dias. Dois dias eram necessários para a travessia do Atlântico. A velocidade máxima era de 128 Km/h, muito mais rápida que a velocidade dos navios de passageiros da época, que variava entre 25 e 40 Km/h.
Passageira em sua cabine |
A grande maioria dos voos do Graf Zeppelin para Brasil foi comandada por Hugo Eckener. Eckener, que além de pilotar, também foi um dos construtores dos dirigíveis alemães, acabou excluído dos últimos voos dos Zeppelins, especialmente os do Hindenburg, sucessor do Graf Zeppelin, por sua insistente oposição ao uso das aeronaves como propaganda para o regime nazista. Foi substituído por Ernst Lehmann, um aviador pró-nazista que acabou falecendo no desastre do Hindenburg, em maio de 1937.
O Graf Zeppelin completou, no total, 147 voos ao Brasil (sendo 64 transatlânticos) entre os 590 voos da sua longa carreira de 17.177,48 horas de voo, em nove anos de operação (1928-1937), o que tornou-o o mais bem sucedido dirigível da história da aviação. Foi uma fantástica e impecável carreira para uma aeronave que foi projetada e construída como protótipo, mas que, de tão perfeita, acabou sendo colocada em serviço. Transportou um total de 34 mil passageiros, 30 toneladas de carga, incluindo duas aeronaves de pequeno porte e um carro, e 39.219 malas postais, com total segurança e sem acidentes.
O Hindenburg em Santa Cruz, 1936. Ao fundo, o hangar em construção |
A temporada de 1936 dos dirígiveis alemães foi marcada pelo primeiro voo comercial do D-LZ129 Hindenburg, sucessor do Graf Zeppelin. Esse voo inaugural, comandado por Lehmann, foi feito para o Brasil, e decolou para o Rio de Janeiro em 31 março de 1936. O grande maestro Heitor Villa-Lobos foi dos passageiros do Hindenburg, quando este retornou à Europa, em abril.
O Hindenburg |
Entre os luxos introduzidos no Hindenburg, estava um piano Blüthner, especialmente fabricado em alumínio, e que pesava apenas 162 Kg. Em 1937, esse piano foi removido da aeronave, para aliviar o peso, o que salvou-o da destruição quando o Hindenburg se acidentou, em maio. Entretanto, esse notável instrumento musical acabou destruído em um bombardeio, na Segunda Guerra Mundial.
O piano de alumínio do Hindenburg |
Infelizmente,apenas 14 meses depois, o Hindenburg acidentou-se em Lakehurst, New Jersey, nos Estados Unidos. Pouco antes de pousar, a aeronave incendiou-se, por motivos até hoje não esclarecidos, no dia 6 de maio de 1937. 61 tripulantes e 36 passageiros estavam a bordo. Desses, faleceram 13 passageiros e 22 tripulantes, além de uma pessoa no solo. Essas 36 vítimas encerraram definitivamente a carreira dos dirígiveis Zeppelin.
Timetable dos voos dos Graf Zeppelin, 1934 |
Foi o fim de uma era. Apenas um mês depois, o Graf Zeppelin foi retirado de serviço. O dirigível-irmão do Hindenburg, o LZ-130 Graf Zeppelin II, já concluído, nunca chegou a entrar em serviço ativo. Depois de passar alguns anos em um museu, ambos foram desmontados em 1940, para aproveitamento do seu alumínio em aviões militares, por ordem do Marechal do Reich Hermann Goering.
O Hindenburg entrando no hangar, em Santa Cruz |
O grandioso hangar de Santa Cruz foi usado por apenas nove vezes, cinco vezes pelo Graf Zeppelin e quatro vezes pelo Hindenburg. Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1942, o Governo Brasileiro expropriou o Aeroporto Bartolomeu de Gusmão dos alemães e implantou lá uma base da Força Aérea Brasileira, ainda existente, Santa Cruz.
Torre de atracação de Jiquiá, em Recife |
Passados 75 anos, pouca coisa resta da história dos Zeppelins no Brasil. A maior e mais notável é o hangar de Santa Cruz, ainda intacto e em uso pela Força Aérea Brasileira. Não é o último hangar de Zeppelins ainda existente, como reza a lenda, pois o hangar de Lakehurst ainda permanece igualmente intacto. Em Recife, ainda resta, relativamente intacta, a torre de atracação de Jiquiá. O Museu Aeroespacial, do Rio de Janeiro, tem em seu acervo uma das hélices de madeira do Graf Zeppelin e alguns pedaços de tela rasgada, resultado de trabalhos de manutenção, e nada mais.
O Graf Zeppelin e o Hindenburg foram as maiores e mais luxuosas aeronaves a atender voos internacionais de e para o Brasil, e as que tiveram as passagens mais caras, mesmo considerando as caras passagens dos voos servidos pelo Concorde. Também serviram as linhas para a América do Sul com total segurança, sem um único acidente. Mas, hoje, não passam de uma distante lembrança, de uma era que não volta mais.
Ótima leitura!
ResponderExcluirFantástico post! Relembrei das histórias de minha avó que viu o Zeppelin sobre Porto Alegre!
ResponderExcluirParabens pelo blog, sou leitor assíduo!
post maravilhoso, meus parabens!
ResponderExcluirSensacional!
ResponderExcluirFotos maravilhosas, um post magnífico.
Obrigado!
Excelente!
ResponderExcluirMaravilhoso o texto, obrigado !
ResponderExcluirFascinante!
ResponderExcluirEstou fazendo uma reportagem sobre o Graf Zeppelin e o Hindenburg... e notei alguns conflitos de informações neste texto... Você tem alguma informação real sobre a passagem do Graf Zeppelin sobre a cidade de Santos em 1934? Eu não estou encontrando nada. Os jornais da época editados na cidade dão conta que o Graf passou longe da cidade na ida para Buenos Aires e não cita nada sobre a volta. Em Buenos Aires, a informação que tenho é que a viagem de junho de 1934 foi a primeira e última dos zeppelins, assim como em Porto Alegre. Portanto não houve a criação de rotas regulares. Eu preciso muito de material sobre a passagem do Graf Zeppelin sobre a cidade de Santos. Apesar de alguns textos dizerem que isso aconteceu, não consigo nenhuma prova documental.
ResponderExcluirPrimeira passagem em Santos em 1933. Não houve rota regular para Buenos Aires, somente uma viagem experimental eppelin em 1934. Em 1936 o Hindenburg fez um voo pelas cidades de colonização alemã no PR e SC.Abraço.Cristiano R A Costa, historiador e pesquisador histórico
Excluircontatos: cristianonegociador@yahoo.com.br
Outro depoimento que me foi dado pessoalmente sobre o Zeppelin foi o Prof. Friedhold Altmann, há bem duas décadas. Por feliz casualidade, desde 12-12-1911 Friedhold Altmann é o Patrono da Cadeira nº 12 da Academia Literária do Vale do Taquari, cujo titular é o Acadêmico Werner Schinke.
ExcluirDepois de quatro anos de estudos para se formar professor em São Leopoldo, em 1932 iniciou o magistério na Escola Evangélica da cidade de Santos – SP. Como todas as pessoas cultas costumavam ler jornais e revistas, sabiam da existência desse Luftschiff e suas viagens pela América. Por isso, a população sabia deste seu novo roteiro à capital da Argentina. Aliás, o professor Altmann já tinha 22 anos de idade quando viu o Zeppelin sobrevoar sua cidade.
Com boa memória para contar suas impressões do Zeppelin, em 1991, no seu livro A Roda - Memórias de um Professor, toda a página 64, testemunhou que realmente, na hora anunciada pelos jornais, ele apareceu. Toda a cidade em alvoroço. Um colosso de 240 metros de comprimento e 40 metros de diâmetro, com a forma de um gigantesco charuto, vinha se aproximando lentamente (a 125 km/h), passando a uma altura tal que bem se podia ver as pessoas, debruçadas sobre o parapeito da cabine, a cumprimentar e acenar com os lenços. Ia em direção a São Vicente (cidade vizinha de Santos - SP) e pouco depois voltou. Foi impressionante o acontecimento. Quem o presenciou, não deve tê-lo esquecido jamais. O zepelim era objeto de propaganda (nazista!) da Alemanha e também sinal do seu progresso. Lamentável foi, mais tarde, o desastre com o “Hindenburg” nos Estados Unidos.
José Alfredo Schierholt - schierholt@gmail.com
Caro swillians, tenho duas fotos do Graf Zeppelin sobre a cidade de Santos, se quiser, é só mandar um recado por aqui mesmo e colocar teu email. Foram tiradas em novembro de 1935. Obrigado pela visita ao blog.
ResponderExcluirPost extremamente interessante
ResponderExcluirsó faltou dizer que a torre de Jiquiá
que já passou por duas reforma e é tombada
como patrimônio histórico é a única no mundo
que está de pé desde a sua inauguração.
parecia ser mais confortável que avião, porquê acabou?
ResponderExcluirSou Pernambucano e moro em Recife. Lamentavelmente a Torre de Atracação de Jiquiá, em Recife, está abandonada. É lamentável que o poder público faça nada. A maioria dos Pernambucanos/Recifenses não sabem onde ela está localizada.
ResponderExcluirOlá, se puder entrar em contato conosco. Francisco (43) 984528480
ExcluirParabéns pelo post. Interessantíssimo!!!
ResponderExcluirMuito bom o artigo, porém as informações sobre Curitiba estão incorretas. O Graf Zeppelin sobrevoou o Paraná, mas não Curitiba, que foi visitada apenas pelo Hindenburg (em 01/12/1936). A legenda "O Graf Zeppelin sobrevoando o Bairro Água Verde, em Curitiba, 1934", apresenta 4 erros: 1º) não é o Graf Zeppelin (seria o Hindenburg); 2º) não é o bairro Água Verde (é o Centro de Curitiba - proximidades da Avenida Luz Xavier); 3º) não é 1934 (seria 1936); 4º) essa foto, na verdade, é uma montagem (posso explicar isso em outro comentário).
ResponderExcluirMuito bem colocado Roberson.
Excluirinfelizmente o articulista NÃO CORRIGIU AS INFORMAÇÕES ERRADAS.
ExcluirCom a tecnologia disponível hoje, qual seria a velocidade média possível para uma aeronave do tipo do Zeppelin, e qual o tamanho/deslocamento que seria possível atingir? Só um chute...
ResponderExcluirRodolpho Ramina
Talvez uns 60 Knots (110 Km/h), mas não mais do que isso.
ExcluirA velocidade de cruzeiro do Hindenburg era 128Km/h. Hoje talvez fosse maior.
ExcluirEu cresci com meu pai que contava que o zeppelin sobrevoou sobre a Catedral de Curitiba até então não tinha conhecimento que foi no Bairro Água Verde muito bom saber. Ele está perdoado porque era analfabeto alguém deve ter reportado errado para ele.
ExcluirSENSACIONAL,Excelente!PARABENS
ResponderExcluirParabéns pelo artigo. Muito interessante. Quando no Rio, visitarei o Hangar.
ResponderExcluirGostei de ler a respeito! Eu queria te mostrar uma foto tirada pelo Benevides Lima Junior, avô de um colega meu, quando o Graf Zeppelin sobrevoou Conceição da Barra em 1937! Ele ocupou um cargo equivalente a prefeito anos antes desse episódio acontecer em minha cidade: http://www.mediafire.com/?cc569hm93c5nm95
ResponderExcluirAqui essa mesma área como é atualmente: http://www.mediafire.com/?027jl574bn2zqa6
Abraços e parabéns pleo blog!!! \o/
Eu estava bastante curioso sobre os dirigíveis e nem imaginava que alguma vez houvesse rotas regulares pelo atlântico até aqui, no Brasil. Obrigado pelo excelente artigo.
ResponderExcluirSou morador de santa cruz, cresci vendo o hangar. Aqui em nosso bairro na maioria dos lugares para onde olhamos vemos o hangar devido a seu tamanho. De 2003/2007 servi na Base Aérea de santa cruz e o hangar se tornou minha rotina. O mesmo foi reformado em 2007/2008. Sua extrutura foi totalmente recuperada e pintada e o os elevadores ja estao funcionado novamente. Uma reliquia em nosso bairro e muita gente nem conhece. Segue meu email: Guidajunior@hotmail.com
ResponderExcluirÉ realmente uma grande sorte essa estrutura ter sido preservada com cuidado. Mas podia fazer parte do circuito turístico, se não estivesse dentro da Base Aérea, que por sinal foi quem a preservou. Poderia me dizer como se pode visitar para tirar umas fotos? Ou não é possível?
ExcluirSó não achei informações sobre um dirigível que meu pai viu por volta de 1945/1946 em Alagoas. Será que era um outro?
ResponderExcluirAlguém sabe de alguma coisa dessa época?
Edecildo, teu pai deve ter visto um dos balões de barragem antiaérea (blimps) utilizado pelos americanos durante a Segunda Guerra Mundial. Foram bastante comuns no Nordeste até 1945. Não eram tripulados, mas tinham aspecto parecido com os grandes dirigíveis da década de 30. Ao final da Segunda Guerra Mundial, os dirigíveis comerciais e os militares não estavam em uso em nenhum lugar do mundo.
ExcluirEdecildo : Morei perto do Hangar de St. Cruz. Escrevi um longo texto
Excluirpara Voce. Perdi ao se iniciarem exigencias de senhas.
Se eu conseguir enviar : meu e mail cris.klein@terra.com.br.
Morei na minha infancia a poucos Km do Hangar dos dirigiveis em Sta.
ExcluirCruz (RJ)Durante a 2a Guerra os americanos usaram dirigiveis para vi-
giar e atacar submarinos nas rotas dos navios.Eram muito semelhantes
aos dirigiveis alemães, mas muito menores.Sta. Cruz era uma base destes dirigiveis.La estiveram também aviões P40 , depois P47, Catalinas,Bombardeiros bimotores (B24 ? ). Sob o titulo "Blimps" pode-
se encontrar muitas informações na internet. Foram muito usados em
muitos lugares pelo mundo durante 2a guerra mundial.
O dirigivel visto pelo Pai do Edecildo provavelmente era um destes
Blimps.
Segundo o Koloniezeitung, jornal da colônia que era publicado aqui em Joinville, o Zeppelin passou em 1934 e o Hindenburg em 30.11.36
ResponderExcluirTenho duas fotos da passagem do Zeppelin em Paranaguá-Pr, datada de 01-Dez-1936. Estão sem identificação porém, com esta tua informação de que o Hindenburg passou em Joinville no dia 30 de novembro, com certeza foi ele que passou por nossa cidade, Paranaguá, no dia 1º de dezembro, não é? Se alguém tiver interesse nelas, meu email é abulati021@gmail.com.
Excluirputz....muito legal, uma viagem no tempo
ResponderExcluirO Hindenburg sobrevoando Penedo em Alagoas nos anos 30, às margens do Rio São Francisco: https://fbcdn-sphotos-a-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash4/1001849_609219265775308_1087828279_n.jpg
ResponderExcluirFoto da mesma região, atualmente: http://perlbal.hi-pi.com/blog-images/829191/gd/130999602114/VISTA-AEREA-DA-CIDADE-DE-PENEDO-ALAGOAS.jpg
Muito bom material de pesquisa. Fiz um vídeo sobre o hangar de Santa Cruz, em abril e postei agora: http://youtu.be/KsTU-kuKeAQ
ResponderExcluirMas as imagens do blog estão bem mais nítidas. Parabéns.
Very nice video, thank you for sharing.
ExcluirVery nice article. It seems near impossible what they achieved so many years ago.
ResponderExcluirÓtima leitura, aprendi muito com este texto, belo trabalho parabéns.
ResponderExcluirParabéns, bom conteúdo. Não devemos deixar a história se perder!
ResponderExcluirMau pai está com uma foto do dirigível nazista sobre São Paulo. Foi tirada por meu bisavô. Na foto, estão o Museu do Ipiranga e o Monumento da Independência, com o dirigível ao fundo, onde se vê a suástica. Caso queira, posso digitalizar a foto e enviar à você.
ResponderExcluirCom certeza. É uma foto histórica e merece ser compartilhada, com os respectivos crédito para o teu avô. Por favor...
ExcluirMuito bom, muito bom. Uma amiga de Sta Cruz (Valeria Vital) me informou que o Hindenburg pousou em Santa Cruz QUATRO vezes. Sera que eu nao vi a foto dele? De qualquer forma, o seu blog e muito bom, instrutivo e historico. Parabens pela qualidade dele e pela diversidade das fotos. Sam de Mattos, Moore, SC, USA.
ResponderExcluirUma das fotos publicadas mostra o Hindenburg bem em frente ao hangar de Santa Cruz. Obrigado pela visita.
ExcluirElcio, parabéns pelo vídeo. Muito bem feito.
ResponderExcluirSr. Jonas, Muito Obrigado! Pude aprender um pouco mais da história da aeronáutica no Brasil e no Mundo. Parabéns pelo bem escrito e muito informativo artigo.
ResponderExcluirexcelente trabalho, isso que eu chamo de contar uma história, parabéns e continue escrevendo você tem talento.
ResponderExcluirEu tinha mais ou menos,uns 6 anos de idade(nasci em 1941),morando em Rio Bonito-RJ, quando passou em cima da minha casa, um dirigível enorme, com os motores roncando alto e cordas balançando.Devia estar a uns 100 metros do solo.Como isso ocorreu no fim da segunda guerra mundial, dizem que era um dirigível dos EUA.
ResponderExcluirIsso, eu nunca mais esqueci.
Foi comentado durante meses na cidade.
Com toda a tecnologia de hoje ele não seria mais seguro que avião...?
ResponderExcluirCaro Moacir, de 1910 quando a Cia Zeppelin começou a operar com passageiros até 1937, com o acidente do Hindenburg, sabe quantos passageiros morreram e quantos acidentes houveram? Só o do Hindenburg em 1937. Irônico, mas aviões tiveram muitos acidentes com mortos no período. Os dirigíveis de passageiros que caíram foram os italianos e ingleses.... pena. Hoje os dirigíveis atuais são super seguros. Abração.
ExcluirÉ possível que tenha havido um vôo durante a guerra? Minha mãe jura de pés juntos ter visto um dirigível, mas em 37 ela era recém nascida, não teria lembranças.
ResponderExcluirLeonardo, é possível, mas, sem dúvida, não era de um Zeppelin. Durante a Guerra, a Marinha Americana usou vários balões cativos, de formato semelhante ao dos Zeppelins, que era presos a cabos de aço, e cuja missão eram oferecer obstáculos aos bombardeiros de mergulho inimigos. Eram chamados de "Blimps". Talvez ela tenha visto um deles.
ExcluirOlhe s imagem na internet dirigível em Cachoeiro de Itapemirim, tem um perfil do Facebook que tem a foto postada. Achei mais curto e grosso que os alemaes que aparecem em fotos em Vitoria e Vila Velha. Cachoeiro fica a 40 km do litoral, e este em questão estava voando e não amarrado. Se tiver como eu envio.
ResponderExcluiro Graf Zeppelin nunca passou por Curitiba. A foto é do Hindenburg, de 01.12.1936;
ResponderExcluirNo final da Segunda Guerra, eu deveria ter uns 5 anos, quando passou um dirigível enorme sobre a minha casa em Rio Bonito-RJ,voando baixo e os motores roncando alto.
ResponderExcluirMais tarde soube que seria dos EUA,usado contra submarinos alemães.
Foi umacena marcante.
Eu vi o Zépelintra uma vez aqui em curitiba fiquei com medo
ResponderExcluirA foto identificada como 1934, Curitiba, é do Zepelim Hindenburg de 1936 na Av. Luiz Xavier. É possível que seja um dos postais montados para revenda em bancas e papelarias. As montagens são visíveis pela naturalidade dos passantes, sequer olhando para o céu ou para o "charuto Prateado" como ficou conhecido.
ResponderExcluirVerdade Giuseppe, mais pessoas já falaram aqui nos comentários sobre os erros na matéria, principalmente essa foto de Curitiba, tá errado o ano, o dirigível e o local, mas o autor não corrige.
ExcluirProfessor, gostei demais do seu trabalho. Gostaria de citá-lo num trabalho que estou realizando sobre a passagem do Zeppelin por Teresina(PI). Se possível, mantenha contato. Aguardo. Abraços. Meu email: tonirodrigues39@gmail.com e celular 86 99979 7842
ResponderExcluirGostei demais do seu Blog. Bem escrito, boas fotos e pesquisa perfeita. Meu pai foi engenheiro aeronáutico Wilhelm Stein, é um dos pioneiros da construção de aviões no Brasil, recebeu do presidente Castelo Branco, a Ordem do Mérito Aeronáutico pelos relevantes serviços. Trabalhou na Luftschiffbau Zeppelin e depois na Focke- Wulf. Em 1937 veio ao Brasil através de um contrato do gov. Vargas como gov. alemão para fabricar aqui os aviões da Focke Wulf, os FW 44, 58 e o F-200, foram fabricado 40 aviões FW 44, e 25 FW-58, com a guerra o contrato foi rescindido e não foram fabricados os FW-200.Foi responsável pela fabricação de 81 T6, em Lagoa Santa, MG, utilizados pela Esquadrilha da Fumaça. Fez parte do IPD do CTA. Participou da fabricação do protótipo do Bandeirante e da equipe que com o Brigadeiro Ozires Silva criou a EMBRAER. Caso tiver curiosidade sobre sua história, estou enviando o link que conta um pouco de sua história.http://www.jornaldelavras.com.br/index.php?p=10&tc=4&c=21358&catn=3&scatn=75.
ResponderExcluirMais uma vez parabéns pelo Blog e grande Abraço, Diter Stein
Gostei muito das informações. Elas mostram mais detalhes do que outras que eu tinha lido ou visto. Quando achei o seu blog eu estava procurando fotos do Hidenburg no Rio. Porque só vejo fotos do Graff. Pensava que o Hidenburg nunca voara no Brasil. Só achei as mesmas fotos do seu blog dele em Santa Cruz. Como ele voou várias vezes posta o Rio, deveria haver mais fotos, sobrevoando inclusive. Então acredito que as fotos devem ter sido apagadas, confiscadas, pelo fato de ele ter o símbolo nazista. Sobraram então poucas fotos que não mostram a suástica nos estabilizadores. Você sabe dizer alguma coisa a respeito?
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