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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Plane Spotting nostálgico: eles não voam mais... Parte I

Fotografar aviões e aeroportos sempre foi uma atividade atraente, tanto para fotógrafos profissionais quanto para amadores, e o hobby está em alta, com as facilidades, cada vez maiores, oferecidas pela fotografia digital. Esse artigo é dedicado aos praticantes do hoje chamado plane spotting, mas é nostálgico, pois trata de aeronaves antigas, que já não voam mais.
Caravelle da Air France e Boeing 707 da Pan Am, no Aeroporto de Orly, Paris, 1968
Para esse artigo específico, escolhemos, principalmente, fotos de jatos comerciais antigos, barulhentos, mas inesquecíveis, que introduziram a era dos motores a reação na aviação civil, e também de outras aeronaves que voavam na mesma época, desde o final dos anos 50 até o início dos anos 80. As fotos são brevemente comentadas.

A foto que ilustra o artigo mostra, em primeiro plano, um Sud Aviation Caravelle III da Air France, o primeiro jato comercial bimotor e o primeiro destinado a voos domésticos ou de curto alcance, além de um Boeing 707 da Pan Am, quadrimotor destinado a voos internacionais. Outros jatos antigos podem ser vistos ao fundo.
DC-8-62 da Swissair, no Aeroporto de Zurich-KIoten, 1978
O McDonnell-Douglas DC-8-62 HB-IDK foi um dos sete aviões desse modelo, alongado em relação aos mais antigos, operados pela Swissair de 1967 a 1984, e operavam linhas de longo alcance.
Caravelle III HB-ICU, em Zurich-Kloten, inverno de 1963
A Swissair operou também, desde 1961, os jatos franceses Sud-Aviation Caravelle, e o HB-ICU pode ser visto no aeroporto de Zurich-Kloten, em 1963, na pista coberta de neve do intenso inverno daquele ano na Europa.

Os Caravelles foram intensamente usados para voos na Europa durante os anos 60 e 70, e muitos desses aviões permaneceram em operação depois disso, especialmente na África. O HB-ICU foi desmontado, depois de uma longa carreira, no Zaire, em 1986.
Boeing 707-328 da Air France
A Air France teve operou intensamente os Boeing 707, e o F-BHSI foi um dos modelos -328 ainda equipados com os motores turbojatos Pratt &¨Whitney JT-4. Esse avião foi entregue em 1960 e foi aposentado em Orly, em 1977.
Fairchild C82 da TWA, N9701F
Para manter seus jatos plenamente operacionais na Europa, a TWA operou um avião cargueiro militar Fairchild C82 Packet como uma "oficina voadora". Esse avião, batizado como "Ontos", era frequentador assíduo de todos os aeroportos onde a TWA operava seus jatos na Europa, e até hoje é o C-82 civil mais conhecido na história da aviação. O N9701F foi provavelmente o último C-82 a voar, em 2006, e está preservado intacto, até hoje.
DC-10 N1926U, da United Airlines
Os McDonnell-Douglas DC-10 foram aeronaves bastante comuns nos aeroportos internacionais nos anos 70. O N1926U, um DC-10-10,  foi entregue à United Airlines em 1975, e terminou seus dias como cargueiro, na Fedex, em 1997. Essa foto foi tirada em Long Beach, Califórnia, na fábrica,, em setembro de 1974, antes do avião ser entregue à United.
Vickers Viscount 814 da Lufthansa, em Estocolmo, Suécia
Os confortáveis e rápidos Vickers Viscount foram os primeiros turboélices comerciais, e foram intensamente utilizados por várias companhias europeias nos anos 50 e 60. Eram considerados praticamente como "ônibus aéreos" nessa época, e foram bastante populares entre os passageiros, devido às suas grandes janelas panorâmicas, pouco usuais naquela época. O D-ANAC operou na Lufthansa de julho de 1961 a dezembro de 1970, quando foi vendido.
Boeing 720 da Ambassadair, em Newark, final dos anos 70
O Boeing 720 foi um modelo "doméstico" do Boeing 707, com peso e capacidade dos tanques reduzidos, para atender o mercado até que a empresa colocasse no mercado seu modelo projetado especialmente para a função, o Boeing 727. O avião da foto foi entregue à Eastern a partir de 1959, mas aqui é visto em um dia chuvoso no final dos anos 70, em Newark, New Jersey, operando pela Ambassadair.
Boeing 707-328 da Air France
 Os barulhentos e beberrões Boeing 707-328 da Air France foram alguns dos poucos 707 série 300 equipados com motores turbojatos, pois os aviões posteriores foram equipados com motores turbofans P&W JT-3D, bem mais econômicos.
Caravelle III da Varig no Aeroporto do Galeão, 1963
Os Sud Aviation Caravelle foram os primeiros jatos comerciais a operar no Brasil, na Varig, a partir de 1959. Encomendados depois que os Boeing 707, chegaram antes e operaram a linha internacional do Brasil até os Estados Unidos, a despeito do seu curto alcance. O PP-VJC, aqui visto ao amanhecer de um dia nublado, no Aeroporto do Galeao, no Rio de Janeiro, em 1963, foi vendido no mesmo ano, com o seu irmão PP-VJI.

Um comentário:

  1. A primeira experiência de projeção de filmes a bordo foi feita pela Cruzeiro num Caravelle no final da década de 1960. Não durou muito porque os pax reclamaram do barulho, pois não se havia previsto o uso de fones de ouvido.

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