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domingo, 26 de julho de 2009

Curiosidades aeronáuticas - VIII

Vários tipos de trens de pouso foram projetados para aeronave pousarem em terrenos irregulares ou pantanosos. As mais eficazes e utilizadas idéias nesse sentido são as rodas com pneus de baixa pressão, que são usadas especialmente nas regiões árticas, na tundra. A tundra é um tipo de terreno que fica congelado no inverno e pantanoso no verão, já que o subsolo permanentemente congelado (permafrost) impede a infiltração da água de degelo. Por isso, as aeronaves que operam naquela região possuem pneus de tundra, enormes e de pressão muito baixa, alem de motores mais potentes para aumentar o desempenho de pouso e decolagem.
Outro tipo de trem de pouso utilizado em terrenos macios ou irregulares foram os do tipo “lagarta”, semelhantes às esteiras de tratores ou de tanques de guerra. Os americanos utilizaram experimentalmente esse tipo de trem em aeronaves Boeing B-50 e Convair B-36, mas os mesmos não tiveram o desempenho esperado e acabaram por ser abandonados.
Devido à posição dos trens de pouso, o Boeing B-52 não podia erguer o nariz durante a decolagem. A aeronave decola com a fuselagem nivelada quando atingem a velocidade adequada. Para isso, foi preciso instalar as asas em um grande ângulo de incidência. Todavia, isso faz com que a fuselagem fique freqüentemente na atitude de nariz baixo, quando voa em cruzeiro de alta velocidade.

O Boeing B-52 tinha um estranho trem de pouso de quatro conjuntos de trens principais, com duas rodas cada um, na fuselagem, mais dois trens auxiliares colocados entre os dois motores externos de cada asa. Como não tinha uma bequilha, todos os conjuntos de rodas principais eram esterçáveis, o que possibilitava pousos com a proa não alinhada com a pista (“caranguejando”).
O Boeing B-52 deve permanecer em serviço na USAF – United States Air Force até 2040, 85 anos após o primeiro exemplar entrar em serviço e 78 anos após a última aeronave ser produzida. Essa longevidade sem precedentes para uma aeronave militar se deve à grande eficiência e capacidade do avião, que se mostra extremamente útil e econômico em missões de bombardeio convencional onde as defesas inimigas já foram eliminadas. Alguns B-52 já estão sendo pilotados pelos bisnetos de seus primeiros pilotos.

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