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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Steve Fossett: um aventureiro do mundo moderno

A época das grandes aventuras não acabou: James Stephen Fossett, um americano do Tennessee, foi um milionário que distinguiu-se pelas suas aventuras, que chegaram ao Século XXI, fazendo companhia a outros, como Richard Branson (vide artigo nesse blog).

Sua fortuna vem dos mercados financeiros norte-americanos, mas sua fama vem das suas aventuras e não da sua fortuna. Como vários grandes aventureiros da História, seu fim está envolto em mistério, pois desapareceu em um voo em 03 de setembro de 2007. Tinha decolado do Deserto de Mojave. perto de Carson City, Nevada. Nunca mais foi visto.

A primeira aventura de Fossett aconteceu em setembro de 1985, quando atravessou o Canal da Mancha, entre a França e a Inglaterra, a nado.

Em março de 1992, percorreu perto de 1875 quilómetros através do Alaska, numa corrida de trenós com cães, onde ficou classificado em 47.º lugar, e em Junho de 1993, participou nas 24 horas de Le Mans, uma das corridas de automóveis mais famosas do mundo. Voltaria a participar do evento anos mais tarde.

Conquistou oito recordes do mundo em navegação a vela, um deles histórico. Em outubro de 2001 atravessou o Atlântico em quatro dias e 17 horas, encurtando em 43 horas e 35 minutos o recorde anterior.


Steve Fossett aprendeu a pilotar balões de ar quente, obtendo sua licença em setembro de 2003, e dois anos depois foi a primeira pessoa a atravessar o Oceano Pacífico em balão, sozinho.


Em 2007, tentou a façanha de dar a v olta ao mundo em um balão livre e sem escalas. Utilizou o "Solo Spirit", um balão de hélio e hidrogênio, no qual era possível controlar a temperatura de modo a manter a sustentação sem desperdício de gas. Saiu de Saint-Louis, Missouri, em 13 de janeiro de 1997 mas, seis dias, duas horas e 44 minutos, o balão caiu. Mesmo assim, sua tentativa frustrada ainda bateu o recorde de distância percorrida e de tempo de voo em balão livre. Em dezembro do mesmo ano, decolou novamente e caiu em Novokiporovskaya, Rússia, percorrendo 11.745 Km em 4 dias e 11 horas.


Fosset tentou a façanha novamente, dessa vez partindo do Hemisfério Sul, em 07 de agosto de 1998, partindo de Mendoza, na Argentina. O aparelho foi aumentado e carregava mais gás, mas uma tempestade sobre a Austrália, em agosto, provocou rasgos no balão, provocando sua queda. Mesmo assim, bateu novos recordes, entre os quais o de mais longo voo contínuo de balão sobre água. Ainda em 1998, tentou, com seu amigo Richard Branson, da Virgin, atravessar o globo sem escalas, mas o balão da dupla caiu no Pacífico próximo ao Hawaí.

Em agosto de 2001, fez nova tentativa de voo solo, mas a travessia, iniciada na Austrália, acabou no Rio Grande do Sul, Brasil, onde foi forçado a aterrar devido ao mau tempo. Provocou alvoroço na população local, que pensou até em invasão de alienígenas.


A façanha de dar a volta ao mundo em balão livre, talvez o último dos grandes recordes de aviação ainda não atingidos, foi conquistada finalmente por Fossett na sua sexta tentativa e foi concretizada depois de ter percorrido mais de 31 mil quilómetros no Hemisfério Sul. Fossett foi ajudado pelo bom tempo que se manteve durante toda a viagem. O aventureiro tinha decolado de Northan,na Austrália, a bordo do balão Bud Light Spirit of Freedom, e voltou à Austrália, pousando depois de cruzar a longitude daquela cidade. A viagem durou 13 dias, 12 horas, 16 minutos e 13 segundos.


Steve Fosset desapareceu em 03 de setembro de 2008, após decolar seu monomotor de um aeroporto perto de Carson City, Nevada. Alguns destroços, seus documentos e dinheiro foram achados por montanhistas, na Sierra Nevada, en tre o Parque de Yosemite e o Estado de Nevada, mas seu corpo nunca foi encontrado, deixando uma aura de mistério sobre seu paradeiro final, como convém a um grande aventureiro. Foi declarado legalmente morto em 15 de fevereiro de 2008.

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